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domingo, 21 de novembro de 2010

Danças

A dança originou-se na África como parte essencial da vida nas aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em torno dos bailarinos. Todos os acontecimento da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é aparte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses,uma colheita farta.
As danças africanas variam muito de região para região, mas a maioria delas tem certas caracteristicas em comum. Os participamtes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam sós ou em par. As danças chegam a apresentar algumas veses até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar-se.

                   Tipos de danças

  • Dança do Congo - É uma dança teatralizada que tem lugar na gravana, ao ar livre, realizada durante as festas religiosas e populares. Cada grupo de Dança do Congo é constituído por uma seção musical (três ou quatro tambores, flautas e canzás) e um número variável de figurantes, todos eles hábeis dançarinos: o capitão congo, o logozu, o anju môlê (anjo que morreu), o anju cantá (anjo cantador), o opé pó (figura que executa diversas acrobacias), ulogi o feiticeiro, o zuguzugu (ajudante de feiticeiro), três ou quatro bobos, o djabu (diabo) e dez a dezoito soldados dançarinos.

  •  ÚSSUA- Dança de salão, de grande elegância (uma espécie de mazurka africana), em que os pares são conduzidos por um mestre de cerimônias, ao ritmo lento do tambor, do pito doxi (flauta) e da corneta. Todos os dançarinos usam trajes tradicionais: as mulheres saia e quimono, xale ou pano de manta; os homens trazem chapéus de palhinha e usam no braço uma toalha bordada (que serve para limpar o suor do rosto.

  • DEXA - Típica da ilha do Príncipe de raízes angolanas. Ao ritmo de um tambor e de uma corneta, diversos pares executam danças de roda. As letras são quase sempre humorísticas, e implicam uma réplica da parte do visado. A dexa é dançada durante horas inteiras, apenas com ligeiras modificações.

  • O Olodum é um bloco-afro do carnaval da cidade do Salvador na Bahia. Foi fundado em 25 de abril de 1979 durante o período carnavalesco como opção de lazer aos moradores do Maciel-Pelourinho, garantindo-lhes assim, o direito de brincarem o carnaval em um bloco e de forma organizada. É uma Organização não Governamental (ONG) do movimento negro brasileiro.

Esporte

Capoeira


Pular deitar e rolar fazem parte do jogo da capoeira. Não escapa se quer um músculo sem ser trabalhado ao ritmo do berimbau do atabaque e do pandeiro. Desenvolvem aspectos motores, passa noções de disciplina canaliza a agressividade.

Esse jogo conquista pai, mãe e a garotada: tem música que brasileiro nenhum dispensa; a seqüência dos movimentos parece uma dança e faz bem para a mente. Além disso pode ser a "senha" para despertar o interesse de seu filho por esporte.

Dos tempos da escravidão pra cá, muita coisa aconteceu no mundo da capoeira, foram crises proibição, liberação, perseguição e etc ... Atualmente a capoeira é reconhecida e praticada mundialmente por um número muito grande de pessoas. 








quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ㅤㅤㅤReligião afro-brsileira



O candomblé e a umbanda são as principais religiões afro-brasileiras. Em 1991 havia 648,5 mil adeptos, de acordo com o censo. Estudiosos dessas religiões, no entanto, estimam que um número muito maior freqüenta centros de forma esporádica, mas estão ligados também a outras religiões.
Candomblé: Cultuam os orixás, deuses das nações africanas, de língua ioruba dotados de sentimentos humanos como ciúme e vaidade. O candomblé chegou ao Brasil entre os séculos XVI e XIX com o tráfico de escravos negros trazidos da África Ocidental. O candomblé sofreu grande repressão dos colonizadores portugueses que o consideravam feitiçaria. Para sobreviver às perseguições, os adeptos passaram a associar os orixás aos santos católicos, em um processo chamado de sincretismo religioso. No sincretismo, Iemanjá é associada a Nossa Senhora da Conceição; Iansã, a Santa Bárbara, etc. A Lavagem do Bonfim, em Salvador (BA), é um dos exemplos da fusão religiosa do catolicismo com o candomblé.
As cerimônias ocorrem em templos chamados terreiros; sua preparação é fechada e envolve muitas vezes o sacrifício de pequenos animais. São celebradas em língua africana e marcadas por cantos e ritmo dos atabaques (tambores), que variam segundo o orixá homenageado. No Brasil, a religião cultua apenas 16 dos mais de 200 orixás existentes na África.
Uma das festas mais conhecidas do candomblé brasileiro é a de Iemanjá, orixá feminino considerado a rainha dos mares e oceanos. A comemoração acontece no dia 2 de fevereiro, na Bahia, e na noite de 31 de dezembro, no Rio de Janeiro. Os devotos levam oferendas ao mar, e, segundo a tradição, Iemanjá surge envolta em espuma para recebê-las.
Nos terreiros, além de chefiar os rituais, os pais-de-santo e as mães-de-santo recebem os fiéis em sessões individuais para revelar o orixá de cada um, tradicionalmente pelo jogo de búzios. A identificação do orixá, ou santo no sincretismo, ajuda o fiel a entender a própria personalidade. Para o fiel, cultuar o Candomblé significa equilibrar suas energias (axés) com as energias de seu orixá.
Umbanda: Religião afro-brasileira nascida no Rio de Janeiro nos anos 20; fruto da mistura de crenças e rituais africanos e europeus. As raízes umbandistas encontram-se em duas religiões trazidas da África pelos escravos: a cabula, dos bantos, e o candomblé, da nação nagô. A umbanda considera o universo povoado de entidades espirituais, os guias, que entram em contato com os homens por intermédio de um iniciado (o médium), que os incorpora. Tais guias se apresentam por meio de figuras como o caboclo, o preto-velho e a pomba-gira. Os elementos africanos misturam-se ao catolicismo, criando a identificação de orixás com santos. Outra influência é o espiritismo kardecista, que acredita na possibilidade de contato entre vivos e mortos e na evolução espiritual após sucessivas vidas na Terra. Incorpora ainda ritos indígenas e práticas mágicas européias.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Estética Negra

Para muitos povos africanos, está na cabeça e, em especial, nos penteados, as mais importantes maneiras de manifestar beleza e identidade. Cada penteado tem um nome, uma forma, uma maneira especial de ser construído, demandando diferentes materiais e adornos como óleos de animais e de plantas, barro, fibras, conchas, penas, tecidos, objetos reciclados de plástico, metal. Alguns penteados são verdadeiras esculturas sobre a cabeça, combinando com acessórios: brincos, pulseiras, colares e maquiagem.
O cabelo vem ao longo da historia afro-descendente significando um elo de ancestralidade com os povos africanos e, portanto, uma energia estética e cultural. O assumir e valorizar os cabelos enquanto distintivos raciais/étnicos acompanham os processos de conquista do direito cultural e do direito à cidadania. Não se pode ignorar o longo percurso de combates e reflexões por parte do movimento negro como um todo, em seus vários direcionamentos, com grande veemência a partir da década de setenta, para que hoje nós possamos ver pessoas às ruas com os cabelos trançados (lembrando-se de que não há critério de valor para cabelo – ruim x bom), com turbantes ou com roupas estampadas de inspiração africana. Estética negra é moda negra. Os “artistas da estética negra”, a seguir, ratificam a realidade do belo no negro com o seu fazer cotidiano refletido nas roupas, no trançar, no pentear, nos filares, na confecção de bolsas, sapatos etc. Estética negra é, originalmente, ritual.


Culinária Afro-Brasileira



O negro introduziu na cozinha o leite de coco-da-baía, o azeite de dendê, confirmou a excelência da pimenta malagueta sobre a do reino, deu ao Brasil o feijão preto, o quiabo, ensinou a fazer vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, angu e pamonha.
A cozinha negra, pequena mas forte, fez valer os seus temperos, os verdes, a sua maneira de cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo ingredientes; fez a mesma coisa com os pratos da terra; e finalmente criou a cozinha brasileira, descobrindo o chuchu com camarão, ensinando a fazer pratos com camarão seco e a usar as panelas de barro e a colher de pau.
 O africano contribuiu com a difusão do inhame, da cana de açúcar e do dendezeiro, do qual se faz o azeite-de-dendê. O leite de coco, de origem polinésia, foi trazido pelos negros, assim como a pimenta malagueta e a galinha de Angola.

COMIDAS TÍPICAS NEGRAS

  • Abará

Bolinho de origem afro-brasileira feito com massa de feijão-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, algumas vezes com camarão seco, inteiro ou moído e misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Iansã, Obá e Ibeji).


  •  Ado

Doce de origem afro-brasileira feito de milho torrado e moído, misturado com azeite-de-dendê e mel. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Oxum).


  •  Aluá

    Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem africana.




  •  Quibebe

    Prato típico do Nordeste, de origem africana, feito de carne-de-sol ou com charque, refogado e cozido com abóbora.
    Tem a consistência de uma papa grossa e pode ser temperado com azeite-de-dendê e cheiro verde.



    A cozinha dos negros se formou no Nordeste brasileiro mas que teve origem no Recôncavo Baiano.
    E nessa região - do mar às portas do sertão - foi se formando uma cozinha, a "cozinha baiana" - também chamada de "comida de azeite", numa referência ao azeite-de-dendê, um de seus ingredientes básicos, o óleo extraído da polpa do fruto da palmácea Elaeis guineensis.




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Brasil , Um pais de negros

Com exceção de países africanos, o Brasil tem a maior população negra do mundo.
Após a independência de Portugal, em 1822, uma das primeiras medidas do governo foi proibir que alunos negros freqüentassem as mesmas escolas que os brancos, talvez por temer que eles pudessem transmitir doenças contagiosas.
Os negros nunca tiveram uma atitude passiva diante da escravidão. Muitos quebravam ferramentas de trabalho e colocavam fogo nas senzalas. Outros cometiam suicídio, muitas vezes comendo terra. Outros, ainda, entregavam-se ao banzo, grande tristeza que causava falta de apetite e levava à morte por inanição,a forma de comum de rebeldia, no entanto, era a fuga.
O movimento abolicionista tinha mais de 60 anos quando a Lei Áurea foi assinada, em 1888. Mobilizava muitos intelectuais da época, como escritores, políticos, juristas, e também a população de uma forma geral.